quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

All I...

Leia ao som de: Radiohead

Uma linda canção e uma velha foto. Isso que me fez sentir mais vez uma coisa que eu já tinha esquecido que tinha sentido. Lembro-me da sexta-feira que disse ‘eu nunca escutei sua voz’ e você respondeu dizendo que iria falar comigo, não tinha como sermos amigos sem nos falarmos, foi o final de semana mais ansioso da minha vida.

Nada mais que a mais linda história estava pra ser escrita. Conhecidos... Colegas... Bons colegas... Amigos... Melhores amigos. Foi aí que confundi seus sorrisos com minha vontade de me apaixonar. E me apaixonei. Foi como num antigo blog eu disse ‘tudo que havia de ser dito eu disse, todas as palavras doces foram faladas, todas as juras foram feitas, toda minha vida lhe foi dada’. Mas quis você que esse confuso amor não fosse seu, hoje eu acho que foi a coisa certa. Por outro lado me senti sozinho, precisava de alguém que me desse carinho, e foi nessa que descobri o que nos separou.

Enfim, como qualquer outra linda história, a nossa não poderia ser uma curva ascendente, o que seriam dos heróis sem os vilões? Talvez eu nunca conseguisse ver quem você é como eu vejo agora. Ninguém em sã consciência me perdoaria pelo o que eu fiz, e você perdoou, uns diriam burra, eu digo amiga. E hoje, apesar do medo de repetir um capítulo doloroso, gosto de pensar em você como um sonho que quero continuar a ter.

Eu que uma vez olhando pro seu rosto, seus olhos, sua pele (que aliás é que eu mais acho linda em você) e pensei, quero ter ela comigo para sempre. Vejo que meu desejo talvez tenha se realizado, nossa amizade conheceu o abismo e se reencontrou e assim deverá ser.

Como a mais linda história.

Do seu nada herói 
Romullo Herzer

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Jay

O que significam as letras pra você? Pra mim são só símbolos, até que conheci uma letra que me fez repensar o significado de distancia. O J (jota) é a décima letra do alfabeto clássico, sendo que foi a última das letras a ser adicionada (Wiki). Em geral gosto de letras simétricas, como o A, M, V e W mas o J tem me parecido diferente nos últimos tempos. Sua assimetria me lembra quem o J denomina, sempre inconstantemente simples e desordenadamente bela.

Estranho o sorriso que aparece no meu rosto quando num dia qualquer aparece o J. Engraçado como me sinto um velho amigo e ao mesmo tempo o mais indiscreto desconhecido, invadindo sua vida e contando meus segredos e querendo saber dos seus. Dizendo as coisas bobas como o que fiz num dia chato, conversar sobre futebol, ou apenas contando baboseiras pra te fazer rir. Em falar em rir, perdi a conta da quantidade de sorrisos que já te dei, já te dei aqueles tímidos, aqueles que parecem um soluço, aqueles escandalosos, os bobos. Já imaginei seu tamanho, seu jeito quando está com nervoso de alguma coisa, seu perfume, como você acorda, os jeitos que você mexe as mãos ao falar, que tipo de roupas você usa, como você mexe no cabelo quando está preocupada. Já te imaginei com roupas engraçadas numa festa a fantasia e até mesmo nua. Em como seria você na praia com todo o sol que você odeia e em como seus olhos ficariam sob a luz da lua.

Metade de quem você é, você pode dizer, escrever. A outra metade você só se conhece ouvindo, tocando, vivendo, vendo. As vezes fico pensando em como seria conhecer alguém que eu conheço, já imaginou isso? Os assuntos seriam os mesmo? Eu sou como espera que eu seja? Sou apenas um nick e um avatar que você por um acaso do destino, num dia como qualquer outro conheceu. E é assim que sou, como qualquer outro, mas um qualquer outro que sonha com uma letra que faz parte de um nome, um nome de alguém, alguém que ama, que sonha, dorme, sorri e chora. E não alguém que está ou não disponível.

O J (jota) é a décima letra do alfabeto clássico, sendo que foi a última das letras a ser adicionada. E espero eu, por mais incoerente que isso possa parecer, ser ela a última a ouvir Eu Te Amo.

De um alguém para J.